A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta nesta segunda-feira (12), a contratação de Carlo Ancelotti como novo técnico da seleção brasileira masculina. Aos 65 anos, o italiano deixa o comando do Real Madrid para assumir a equipe a menos de um ano da Copa do Mundo.

Ancelotti chega para substituir Dorival Júnior, demitido em março após a derrota para a Argentina nas Eliminatórias. Com contrato válido até o fim do próximo Mundial, o novo treinador inicia os trabalhos já na próxima semana, com a missão de reorganizar uma equipe que enfrentou instabilidade nos últimos três anos.

Nos próximos dias, o técnico se reunirá com Rodrigo Caetano, coordenador geral das seleções, e com o coordenador técnico Juan para definir a pré-lista de convocados para os jogos contra Equador e Paraguai, em junho. A convocação oficial será realizada no dia 26, no Brasil.

O anúncio foi feito pela CBF antes mesmo de qualquer posicionamento oficial do Real Madrid. Em nota, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, exaltou a contratação.“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta.”

A chegada de Ancelotti também representa uma resposta à pressão política enfrentada pela CBF. A contratação do italiano era um antigo desejo de Ednaldo Rodrigues, que tentou trazê-lo ainda em 2022, logo após a saída de Tite. À época, o vínculo com o Real Madrid impediu o acerto, e a CBF recorreu a soluções provisórias como Ramon Menezes e Fernando Diniz.

Em meio a idas e vindas, o plano foi retomado após a eliminação precoce da seleção na Copa América e o fraco desempenho nas Eliminatórias sob o comando de Dorival. A negociação com Ancelotti durou cerca de 40 dias e envolveu questões contratuais e estruturais.

Com a temporada irregular do Real Madrid e a perda de força na briga pelo título espanhol — marcada pela derrota por 4 a 3 para o Barcelona, na última partida de Ancelotti à frente do clube —, o técnico voltou a ser considerado viável pela CBF. A entidade deixou de lado outras opções, como Jorge Jesus, para focar exclusivamente no acerto com o italiano.

Agora, com o vínculo firmado, Ancelotti assume a missão de recolocar o Brasil no topo do futebol mundial. A expectativa é de que ele traga novos ares à seleção e estabilize o projeto esportivo em um ciclo marcado por incertezas e transições.