Após ser alvo de críticas do ex-presidente Donald Trump, o empresário Elon Musk reagiu nas redes sociais com uma declaração polêmica. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Musk insinuou que Trump estaria ligado ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein, o ex-financista acusado de comandar uma rede de exploração sexual de menores nos anos 2000.

“Hora de soltar a bomba realmente grande. Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles [os documentos] não foram divulgados”, escreveu Musk.

A declaração veio poucas horas depois de Trump afirmar estar “muito desapontado” com o bilionário, em resposta às críticas de Musk a um projeto orçamentário defendido pelo republicano.

Durante sua campanha, Trump prometeu liberar arquivos confidenciais relacionados ao caso Epstein, assim como documentos sobre as mortes do ex-presidente John F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr. Parte dos documentos do caso Epstein foi divulgada em fevereiro pelo Departamento de Justiça dos EUA, mas não trouxe revelações significativas além de nomes já associados ao ex-financista. O nome de Trump apareceu em anotações de registros de voo, mas as investigações não identificaram envolvimento direto do ex-presidente com os crimes.

Troca de farpas e ameaças

A tensão entre Trump e Musk ganhou força nesta semana após o dono da Tesla e da SpaceX criticar duramente o projeto de lei orçamentária apoiado por Trump, classificando-o como uma “abominação repugnante” que poderia ampliar o déficit dos EUA em até US$ 2,5 trilhões.

Em resposta às críticas, Trump declarou que “a maneira mais fácil de economizar bilhões de dólares seria cancelar subsídios e contratos com empresas de Elon Musk”, sugerindo inclusive que isso já deveria ter sido feito por Joe Biden. A fala foi publicada na rede social Truth Social.

Musk, por sua vez, rebateu dizendo que Trump teria perdido a eleição sem seu apoio e indicou que pode desativar a espaçonave SpaceX Dragon, atualmente utilizada em missões da Nasa, em sinal de retaliação.

O embate entre os dois bilionários promete esquentar ainda mais o clima político nos Estados Unidos, especialmente em meio à corrida eleitoral e às investigações sobre o legado de figuras controversas como Epstein.